quinta-feira, 28 de abril de 2011

Prefiro não abrir os meus olhos, esse é o único jeito que tenho de achar a vida um pouco justa.

Carta de alforria!

Deixe-me ir, esse não é o meu lugar, não sei pra onde vou, só sei que não quero ficar. Não venha atrás, me deixe em paz, pois já sofri demais por esse amor. Não irei atrás da felicidade e sim de bons momentos, pois a tristeza precisa do seu espaço para aprendermos a da valor a simples sorrisos e pequenos gestos. Não me impeça com falsas promessas, não me peça para ficar e nem me diga que dessa vez irá mudar, aproveite o teu mundo pois talvez você nunca saiba como que é amar. Amanhã de manhã irei partir, vou para não voltar, fique com suas bromélias e com a sua ingratidão, pense nas palavras que me disse, coisas que atribuíram para partir o meu coração. Mas são essas mesmas palavras que me deram a coragem de te escrever está carta de alforria, sim, carta alforria, eu era escreva do seu amor, sou a mulata que você açoito, me feriu e me causou dor. Espero de todo o coração que logo o teu consolo venha, creio que não será difícil, vai na Rua Augusta, paga por amor que eu te dei de graça, pegue qualquer prostituta, se divirta e se lambuza, mergulha no teu vazio, pois foi só isso que lhe sobrou. Não grite por socorro nas noites frias, pois não estarei ai para lhe dar apoio, e com a mesma dor que você talvez terá de ler isso, eu tenho de escrever, mas como me disseram esses dias '' É preciso saber viver'' a liberdade me espera meu amor, não a tempo há perder, eu não quis assim, assim quis você, agora a vida ali fora me espera, quem sabe um dia nos encontraremos, mas não conte com isso, pois será em lugares distintos que frequentaremos, aproveite a amarga liberdade que você mesmo conquistou, antes de ir, te peço por favor, não culpe ninguém pelo o seu fracasso, foi você quem quis assim, quando pegou qualquer uma na 25 de Março, agora você irá mendigar até um simples abraço...Adeus!

O único (a)

De todas as mulheres que passaram em minha vida, apenas uma ficou, mesmo partindo procurando liberdade, deixou os teus dias vazios e ingratos para me lembrar de como foram cheios de cor aqueles dias cinzentos e como foram doces nossos dias amargos.
De todas as mulheres que passaram em minha vida, ela era a única que guardava dentro de si lágrimas, lágrimas que tinham medo de cair, não por vergonha e sim por receio de não serem compreendidas, se escondiam atrás de sorrisos indecisos, forçados e forjados.
De todas as mulheres que passaram em minha vida, ela era a única que fazia-me sentir perdido em meu próprio caminho, vagávamos nos vagões vazios dos nossos próprios corações, ajoelhávamos e fazíamos orações com ritmo de canções que nós lembravam momentos menos infelizes.
De todas as mulheres que em minha vida passaram, é dela que eu lembro todos os dias, não com lágrimas, com sorrisos ou com qualquer outro sentimento ou ressentimento, era apenas com a saudade, não apenas de dias que já foram, mas também de dias que nunca viram, e de dias que ainda viveremos em vão.
De todos os homens que na vida dela passaram, não fui o único que ele disse que amava, mas fui o único pra quem ela realmente demonstrou o verdadeiro amor, e de todas as vidas por qual já passei, todos tem alguém para chamar de único, mas não sei se sou o único da vida de alguém.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ela é a primavera

Ela é a primavera.
A estação mais bela do ano.
A flor mais linda do campo.
A dona dos meus sorrisos tímidos.

Ela é a primavera.
O sol das minhas manhãs.
A saudade das minhas noites.
As lágrimas da meia-noite.

Ela é a primavera.
A moça mais pura que santo.
É pra ela que canto.
O seu nome é Isabela.

A moça que tirou de dentro de mim toda dor.
É pra ela que entrego todo o meu amor.
É pra ela que entrego o meu inverno, o meu inferno.
Pois ela é a calma da minha alma, a sombra do meu deserto.
O seu nome é tão belo como ela, é Isabela, a primavera.

Maria do bairro.

E ela vem com o andado rebolado, paralisa os carros do sinal
ela é a morena que desfila, acha que toda rua é passarela de Carnaval.
Ela tem o nariz todo empinado, usa um batom vermelho escaldante
seus cabelos são pretos cacheados, teu sorriso é coruscante.
Todo dia ela passa de salto alto, vai se achando a rainha da praça
acha que é a garota de Ipanema, a coisa mais linda, mais cheia de graça.
Ela é a Maria do Bairro, mais conhecida como a Maria de todas
ela não é paga para fácil tirar a roupa.
Toda noite ela sai com vestidos bem curtos,
expondo as suas coxas nas rodas de samba, lá do morro
ela sempre consegue o que quer, ela chama a atenção de todos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mais pensamentos, frases, reflexões...

Sou um poema esquecido na mente de um poeta.
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Não dêem de mão beijada as repostas que você demorou a descobrir, pois se dermos as respostas para quem ainda estar a procurando, arrancaremos dessa pessoa toda a graça da vida.
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O adeus nada mais é do que uma nova oportunidade de recomeçar.
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Resgate aquilo que te faz sorrir, pois a vida é curta demais para fingir um sorriso.
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Não confie na sorte, apenas faça ela ser sua, pois todas as vitórias foram semeadas após a luta.
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Não espere que o tempo cure as suas feridas, mas cure as feridas que o tempo te fez, quando esperastes dele a cura.

sábado, 9 de abril de 2011

Até logo!

As palavras são a minha vida, elas quem me constroem, elas que me destroem. Mas chega um certo momento que elas se ausentam, por tempo indeterminado, elas perdem o seu cargo de vida, apenas fazem parte dela, e nesse caminho submerso, elas vem perdendo utilidade no universo, talvez seja eu que não sou mais o escolhido para que elas se fluem em escritas ou em diálogos. As palavras não mostram mais o meu retrato, elas me formaram e me deformaram, dando-me a liberdade de inventa-las, descobri-las ou dá novos significados a elas. Chegam um momento que a tristeza nos abordam de tal forma, que a felicidade nos abordam de tal forma, que a insegurança, o medo, a dúvida de ter dúvida nos abordam de tal forma, que as palavras não tem poder suficiente para expressar tudo o que sinto. Eu sou a própria palavra viva em vida, sou todas as letras em conjunto, eu quem formo a poesia, eu sou a frase que impacta o mundo, por isso me ausento por tempo indeterminado, não sou mais as suas vidas, apenas faço parte delas, do seu futuro ou do seu passado, mas faço. Quando eu tiver o que escrever, prometo que virei rapidamente para postar, não morremos por falta de léxicos, se fossem assim, mudos não existiriam. Logo retornarei com um conjunto de mim mesmo, um conjunto de palavras, estou me dedicando ao meu livro, que logo juntos o prestiaremos. Fiquem com um pedaço de mim, este blog, textos que foram úteis um dia para expressar o que eu sentia. Isso não é um adeus e sim um até logo.

sábado, 2 de abril de 2011

Amar não é querer a pessoa amada do seu lado, amar é desejar a felicidade de todo o seu coração para a pessoa amada, independente com quem ela esteja...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Amor Barato

Faço o teu gosto, beijo o teu rosto e digo que sou sua.
Me tira a roupa, alisa o meu corpo e me deixa toda nua.
Te faço pensar que tem poses de mim,
te induzo ao pecado, realizo as suas fantasias
em troca de qualquer trocado.
Te abro um sorriso, invento o que sinto
te iludo com promessas.
Quando o sol, já não estou mais contigo
já não tem mais poses de mim.
Sabes onde me encontrar, quando for me procurar
mas fique ciente que se queres o meu amor, terá que pagar.

Mil pedaços

Vou me encher de esperanças, como uma criança que sabe o que quer.
Vou me envolver em teus braços, fazer um pacto com o teu coração.
Vou me perde no teu corpo, olhar em teu olho, e te fazer mulher.
Vou simular um adeus, só pra ouvir você pedir, não se vá
não se aparta de mim, diz que ama, me leva pra cama, e me faça teu...
Diga que sou o teu homem, me fere e me come, com todo o amor.
Deixe-me em mil pedaços, recolhe meus cacos e me faça novo,
de novo, me faça teu.
Conheço todos os teus traços, lhe pego, lhe abraço e te juro o meu amor.
Simulas uma angústia, só pra me ouvir pedir, por favor mil desculpas,
me encho de culpa e repito  isso com uma fisionomia de rapaz maciço.
Não resista se entrega em meus braços, deixa de lado todo o amargo
desse amor com gelo e com uma doses de limão.
Deixei tudo pra depois, só não deixa o meu coração.





Escrevo

Escrevo esse poema com o coração divido
entre dois universos totalmente diferentes
e submersos.
Escrevo pra tentar enganar a solidão
escrevo, pois é a minha única paixão
que tenho certeza que tenho,
escrevo com lágrimas nos olhos
e com sorriso na boca
escrevo forçando rimas, rimas atoa.
Escrevo sem rótulos ou rotulado na liberdade
esse é o meu único jeito de enganar o meu coração
que acredita na felicidade.

Em cima do muro

Sou Flamengo sou Vasco
torço pro Palmeiras e pro São Paulo
sou esquerda e direita
sou contra e a favor do aborto
gosta e não gosto do seu retorno.
Sou brasileiro e americano
japonês e cubano
Sou da Bahia, de Curitiba
de Goiás e de minas,
conheço e desconheço as minhas primas.
Uso terno preto
e camisa cavada
sou tudo
sou nada
o pouco e o muito
sou como todos, vivo em cima do muro.