segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


Cadê você? Onde estão às pessoas que te juraram estar ao seu lado para sempre? E agora que você mais precisa, onde estão elas?
Só agora você percebi que companhia nem sempre significa segurança, não adianta mais se perder de tanto olhar no espelho e se arrepender achando que eles iriam importar com você do mesmo tanto que você importa com eles.
Deixa o olhar fixo no futuro, aprenda que palavras não são contratos e que as atitudes são sim essenciais, porém precisam de cuidado. Nem sempre vale arriscar, deixar de tentar nem sempre significa fraqueza. É preciso ter a humildade parar deixar certas coisas serem como devem ser, existem coisas feitas para serem mudadas e coisas que não precisam de mudanças ou que não precisam de alguém para que as mude.
Viva o hoje, viva os segundos, os minutos são traiçoeiros. Deixa o doce vento bater na sua janela, pessoas iram ir e vir, não tenha medo das mudanças, faça o que tiver que fazer com sabedoria. Não deixa ninguém te dizer que você não consegue as pessoas não vão suportar te ver chegar aonde você quer chegar.
E sonhe, nunca pare de sonhar, em certos momentos, será isso que ira te manter vivo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Simplesmente, venha!


Venha, com rancor, com ódio, na boca, nos olhos, mas não deixe de vir.
Venha, com sarcasmo, com orgulho, com fracasso, com vontade de desistir de tudo.
Vem, com veneno no sangue, entra em minha mente com aquelas suas besteiras mirabolantes e encha-me de suas verdades.
Venha, com lágrimas nos olhos, com o gosto amargo do desgosto. Com as falhas e folhas secas do mês de agosto.
Amor, venha, mesmo com o passado vivo no presente, mesmo que no seu futuro não exista mais  ‘’ a gente’’ , mas venha, com qualquer andado e com muita fé, com retratos despedaçados em preto em branco, com o caminho torto e com pouca noção da razão.
Venha, de qualquer forma, a qualquer hora, com qualquer sorriso, verdadeiro ou indeciso. Mas venha, desesperadamente eu te peço, venha!

domingo, 10 de junho de 2012

O Último Aviso



Ei, sei que agora você poderá estar um pouco confuso de não ter encontrado minhas roupas intimas no banheiro e notará que o piso estará molhado, fiz questão de não limpar pra você reparar que algo esta errado por ai, quem sabe assim você perceba que meus avisos não eram chantagens pra que você mudasse e nem que meus choros eram falsos.  Quantas vezes eu te falei, hein! Que isto iria mudar! Você nem se lembra mais do meu aniversário, quem dirá voltar pra casa aos finais de semana. Agora você acredita em mim quando eu dizia que tinha me cansado de tudo isso? Dessa mesmice. Alguns me diziam que era démodé sofrer por amor, ficar no meu quarto com sua foto tentando descobrir por onde andava me fez descobrir que o amor em si é démodé, por isso se chama amor, e não, ele não é perfeito e nem que se fosse seria livre de sofrimento, porque o amor verdadeiro é tão forte que passa por cima de si mesmo. Essas madrugadas vazias me fizeram enxergar que o amor é dividido em duas partes: a felicidade é um lado e a dor, o outro. Quando um vem, já pode preparar-se para o outro lado. Sempre é assim. Não importa a ordem. Mas a felicidade do nosso amor foi embora e só ficou a dor, na verdade, sobraram apenas alguns pedaços de mim espalhados pelo o chão da sala.
Disseram-me uma vez que o amor é eterno, e eu creio que seja o nosso pode ter acabado, mas as lembranças, meu bem, estas não morrem. Realmente hoje não me importa mais saber se você acreditou ou não em meus discursos, em meus avisos e nem adianta mais tentar mudar e nem trocar a lâmpada da cozinha que te pedi muito tempo atrás, mas espero de verdade que você perceba que além do guarda roupa vazio, do banheiro molhado, da casa mal organizada, venha perceber a minha ausência e sentir minha falta, porque só assim saberás como me senti muitas vezes quando estávamos juntos, juntos não, porque você nunca esteve ao meu lado apesar de sempre estar contigo pro que der e vier. Aliás, o que sobrou desses vinte e poucos anos além de lembranças e mágoa? Pra mim nada e pra você esta carta. Não sei resumir tantos anos em poucas linhas. Enfim, não se esqueça de aguar as flores que eu sempre cuidei, e nem de passar suas roupas, não deixe acumular cartas na caixa de correio e cuidado pra não deixar o tapete do banheiro embolado. Você reclamava tanto dessas minhas manias que em alguns dias você sentirá falta. É isso, amor, aliás, é isso que é o amor, um lado felicidade, do outro lado a dor, nada mais.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A mil por hora


Não tenho medo das mudanças, só tenho receio da saudade.
Não tenho medo da solidão, só não quero que ela fique por muito tempo.
Não tenho tempo e nem mais coração suficiente para aguentar alguma nova dor.
Não tenho mais as horas noturnas, mas meus olhos ainda continuam com olheiras.
É, não tenho muita coisa de bom para lhe oferecer, pois consigo ser o pior naquilo que sei fazer de melhor.
Não posso te dar o céu, nem as estrelhas, muito menos todo o amor do mundo como muitos prometem por ai.
Não posso te dar todas as rosas e flores do Jardim Botânico e nem te garantir todas as manhãs um sol radiante. Mas se servi, posso te dar o pouco que tenho, algo que não é muito útil sem você, algo que chamo de vida; Se servi te dou todas as minhas manhãs e minhas noites, te ofereço as minhas mudanças e a minha saudade, o meu tempo e vários pedaços despedaçados de um coração.que bate a mil por hora quando te vê.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tempos Dourados

‘’É desconcertante rever um grande amor... ’'Anos dourados ( Chico Buarque e Tom Jobim)

_Ontem eu a vi, ela estava na fila do pão do super mercado, não foi como coisa de novela que começa a tremer as pernas e suar frio, alias, eu suei e muito, eu mentiria se dissesse que meu coração continuava no mesmo ritmo, eu mentiria se dissesse que não me importei, eu estava desprevenido de qualquer reação imbecil e inesperada que meu coração poderia teria ter, a reparei dos pés a cabeça, a cada traço do seu rosto que conheço de cór, as unhas ainda pintadas de vermelho, mesma cor de esmalte do dia em que a vi pela ultima vez, mesma cor que eu sempre dizia que combinava com ela. Alias, ela estava linda, como ela esta linda, e aquele sorriso? Qual era o motivo do mesmo? Será que ela realmente me ouviu e trocou as lágrimas salgadas pelos belos sorrisos que roubam a atenção de qualquer macho de plantão? Eu sempre a pedi pra nunca sofrer por mim, mas aquele sorriso pela primeira vez me preocupou. Seu olhar tão fixo no futuro, e aquele andar decisivo? Meu Deus como ela era  indecisa, eu sempre a dizia que deveria ter um foco em sua vida e ela sempre ria e ironizava ‘’ ta bom papai ‘’ aquilo me matava por fora e me tranqüiliza por dentro. Deus, como eu a amei e ainda amo, como é estranho rever alguém que um dia foi tudo pra você e você foi o tudo dela e hoje não passam de dois desconhecidos na fila do pão esperando sua vez para ir embora e continuar vivendo suas vidas independentemente de qualquer um. Deixei com ela as confissões gravadas no gravador, as mesmas confissões que um dia prometi para mim mesmo que não contaria pra ninguém, deixei com ela meu coração e a minha vida que ela ainda não fez questão de devolver.
Ela apagou seus passos para que eu não venha lhe procurar. Mas ainda a quero, a espero e serás tão engraçado se ela tiver um novo amor... É tão desconcertante rever aquele sorriso e saber que o motivo não sou mais eu...

‘’Não sei se eu ainda te esqueço de fato ‘’  Anos dourados ( Chico Buarque e Tom Jobim)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

‘’ [...] Deixo tudo assim,
Não me acanho em ver
Vaidade em mim
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago [...] ‘’

Caminho em direção à varanda, são 05:00 da manhã, todos aqui em casa dormem, à cidade toda está dormindo. Acendo mais um cigarro e daqui de cima fico observando à vaga Av. que logo estará cheia de pessoas vagas. Faço o mínimo de barulho possível, fumo o meu cigarro como se fosse o último, o último trago, o último suspiro. Minhas mãos ultimamente estão transpirando mais que o normal, não sei por que, faz algum tempo que troquei as manchetes do jornal pelos livros sem finais felizes. Ainda não decidi se me arrependo ou se me orgulho da escolha que fiz, o futuro está encarregado em responder isso por mim.

’’ [...] Sei do incômodo e ela tem razão
Quando vem dizer, que eu preciso sim
De todo o cuidado [...]’’ 

Engraçado, ela me disse que eu precisava mais de cuidado, não dela e sim de mim, ela achava que me conhecia melhor que eu mesmo, se me conhecesse tão bem saberia o bem que ela me fazia quando ficava do meu lado. É. em partes ela está certa!

( Respiração profunda)

NÃO, NÃO ESTA...

Meus cigarros acabaram, meu café esfriou, a primeira luz da madrugada se
acende no apartamento em frente. O galo canta acabando com sonhos bons e profundos de muita gente, trazendo olhos inchados e fundos para a realidade, trazendo a mentira para os cegos por opção, levando a paz para aqueles que têm medo da escuridão.

‘’ [...] Sei do escândalo
E eles têm razão
Quando vêm dizer
Que eu não sei medir
Nem tempo e nem medo [...] ‘’ 

Segundo minha conta, completei 75 noites em claro, não sei se é insônia como minha mãe diz, não sei se é a quantidade de cigarros e cafés como a minha psicóloga condiz.
Mas sei que ela se foi.
Egocêntrica? Talvez.
 Infeliz? Não sei.
Talvez eu precise mandar ela embora também das minhas madrugadas, dos meus versos e dos meus passos. Ela se foi e em um papel branco deixou alguns trechos de uma música.


[...] E se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz,
Quem então agora eu seria?
Ahh, tanto faz
Que o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar...
Mas eu quem seria? [...]

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Olhos de outono


 ‘’Embriaga-me na alegria, pois é melhor do que viver lúcido na tristeza.
 Roube-me a solidão, tire os meus pés do chão, rasgue e arranque com suas próprias mãos o que está contra fiado em sua garganta. Venha com calma, com amor e deite-se na cama, não faça barulho, pois à paz não quer ter o seu tumulo.
Diálise minha inocência com a sua malícia, arranhe meu violão e materialize a sua vinda. Pois o entardecer já vem e o meu amor é o pôr-do-sol. ’’
            

            _ Não entendi!
            _ O meu amor é o pôr-do-sol... O que você não entendeu nisso?  (Silêncio)
            _ Como o pôr-do-sol pode ser o amor de alguém?!        
            _ Você nunca entende o que escrevo!                                                                                                                

(silêncio profundo)

_ Quem é a dona do seu amor?
            _ A menina dos olhos de outono. (risos)
            _ Como assim?
            _ É a menina dos olhos castanhos claros.
_ Onde ela está?
            _ Não sei, só sei que ela não está aonde deveria.
            _ E onde é o lugar dela?
            _ Bem do meu lado ( risos )
            _ É melhor cortar a sua bebida ( Gargalhadas) [...]

E pela primeira vez me senti ufano daquilo o que escrevo, sem medo arrisquei em algumas linhas descrever a alegria que a menina dos olhos castanhos claros me oferece.