segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Simplesmente, venha!


Venha, com rancor, com ódio, na boca, nos olhos, mas não deixe de vir.
Venha, com sarcasmo, com orgulho, com fracasso, com vontade de desistir de tudo.
Vem, com veneno no sangue, entra em minha mente com aquelas suas besteiras mirabolantes e encha-me de suas verdades.
Venha, com lágrimas nos olhos, com o gosto amargo do desgosto. Com as falhas e folhas secas do mês de agosto.
Amor, venha, mesmo com o passado vivo no presente, mesmo que no seu futuro não exista mais  ‘’ a gente’’ , mas venha, com qualquer andado e com muita fé, com retratos despedaçados em preto em branco, com o caminho torto e com pouca noção da razão.
Venha, de qualquer forma, a qualquer hora, com qualquer sorriso, verdadeiro ou indeciso. Mas venha, desesperadamente eu te peço, venha!