quinta-feira, 28 de julho de 2011

Os justos choraram, mas serão firmes o suficientes para não se renderem aos seus próprios demônios.
Os ímpios riram de suas desgraças, lhe jogaram na cara as suas falhas e estaram sempre por perto quando menos precisamos deles.
Mas ainda sejamos fortes, pois a justiça divina é tarda mais não falha.

terça-feira, 26 de julho de 2011

[...]
_Garçom, me traga mais um copo de 51, por favor!
_Já bebestes demasiado, Sr.
_Um copo de cachaça nunca é demais para um peito vazio.
_Procrastina a morte em vez de adianta-la, vai viver a vida, corra atrás dela!
_A vida que me espere
O amor que me encontre
A saudade que exploda o meu peito
A duvida que encontre a certeza
A mentira que seja a verdade dos tolos
Os poetas que sejam loucos
Os compositores que sejam mal compreendidos
E que as respostas venham em tons de sol e dó sustenido.

(risos)

_Hoje a noite vai ser longa (risos) [...]

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vida

Apagaram-se as luzes.
A última palma foi ouvida
As cortinas se fecharam
Os gritos eufóricos se silenciaram
Chega ao fim mais um espetáculo
Chega o início de um dia sem teatro.
É a vida fora dos palcos
É a vida atrás das cortinas
Ninguém vê ninguém sabe,
ninguém diz a verdade.
A vida aqui fora não tem qualquer sinal de sentido,
além de soldados.
Acontecem boatos em todas as esquinas
Acontecem fatos e desafetos todos os dias
A vida que a Tv transmiti é sem alegria.

As luzes se acendem
As palmas começam a serem ouvidas
Os gritos são lançados dá boca pra fora
Começa mais um espetáculo
Embriago-me sem cessar na falsa alegria,
melhor do que viver lúcido em um mundo onde a maldade
é a realidade e que fere os inocentes, onde reinam os covardes.

Não sou eu o roteirista
Não determino o destino de ninguém
Sou apenas mais um personagem dessa história mal escrita,
Cujo título se chama ‘’ Vida’’

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cifra e decifra

Vi a vida passar em meus olhos, escorregar entre meus dedos, levando embora o meu sorriso, me habituando ao medo.
Enquanto pela janela, sentia meus sonhos morrerem em cada passo que ela dava, procrastinava o desespero sem ao menos almejar a primavera, era inverno, é um inferno exorcizar nossos demônios, controlar os nossos próprios anseios.
Minhas olheiras estavam cada vez mais nítidas consequência de noites mal dormidas e a vida se partiu de mim e nem se quer deixou um bilhete de despedida.
Vi a vida novamente em uns olhos castanhos claros, minha esperança pausadamente foi ressuscitando no meio da terra seca, cada respiro, um alívio, pela primeira vez me lembrei de olhar para o céu que por sua vez estava cinza e triste e senti a obrigação de agradecer por estar vivo.
A vida me exalou um sorriso tímido, trouxe contigo a paz, não mais minimizada.
Minha insanidade foi radicalizada e a mitologia grega já não tem tanta graça.
Hoje à minha alegria tem nome, sobrenome, RG, CPF, endereço, defeitos e manias, hoje o meu sorriso é lúcido, sem fantasias.
E ela de longe me sorria, trazendo contigo o que dizem ser psicológico, o que dizem os psicólogos humanos, demasiados humanos e errantes, o que dizem os poetas loucos em seus versos tão alucinantes. 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Giz

E desce em mais um copo de 51 as lembranças atordoantes que já deveriam ser levadas pelos fortes ventos que passam por aqui. É tão amargar de tomar, é tão difícil de aceitar as coisas como são, parece ser simples tragar em um só gole a solidão.
_’’Só mais uma garrafa ‘’
Eu prometo para todos.
_’’ Não me deixem aqui, esperem-me mais um pouco, tenho medo do escuro, já que me habituei a viver  lúcido’’.
E a minha verdade sobre os fatos passados viram apenas mais um relato ou uma lembrança demasiadamente infernal que arde, arde e arrebenta o meu peito com um punhal, e que cala a minha boca, acorrenta os meus passos, escurece o futuro, acende o medo e me faz refém de mim mesmo.
E me deixaram pouco depois do bar se fechar, mas ela ficou de longe observando se eu ia conseguir pelo menos atravessar a rua sem ser '' esmagado'' . Eu não a vi, mas a senti ali, bem perto de mim.
Estranho como ela consegue me livrar das garras do inimigo e dos contos de amor com final feliz que ainda escrevo e leio nos livros.
Sou eu o perigo, eu sou o meu maior risco, não posso mais andar sozinho comigo.
Se ela soubesse que preciso andar em um caminho só e em que qualquer curva dessa  infinita highway eu posso enfraquecer e retroceder.
Ah se ela soubesse que preciso de ajuda, não de qualquer pessoa, não de psicólogo ou de psiquiatra como dizem por ai, mas é ela, é dela de quem preciso e necessito perto de mim...
E ela me fez mais uma vez esquecer o passado e planejar um futuro sem medo, mas cheio de promessas para se cumprir.
Já apaguei a luz, agora sim acho que consigo dormir sem medo, não tenho medo de morrer, mas tenho de morrer sem ter ela no pensamento.
Mais um sorriso bobo no meio do quarto escuro, deito-me na cama e já resumo o futuro e presumo os planos, não os meus planos, mas os nossos planos.
E um deles é sermos dois corpos e um só coração, passeando no jardim botânico, em um dia de domingo, eu, ela e nossos filhos sorrindo, pedindo dinheiro para comer guloseimas enquanto ela olha pra mim, serena me diz.
‘’Deu certo o nosso futuro que era incerto e desenhado com um pedaço branco de giz’’ 

terça-feira, 12 de julho de 2011

28/02/1999

Porque, porque, porque...
Porque sempre foi, porque é?
Responde-me quem puder.
Minha vida cruciante
Um infortúnio constante
Apesar de muita fé.

Rubens D. Lima
28/02/1999

'' E esse amor pela leitura, essa necessidade de se expressar em pedras duras, implicitamente é hereditário ''
Quisera que a vida fosse desse jeito, como a descrevem, tão perfeito. Os sábios otimistas inspirados.

Rubens D. Lima

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Minha menina

Amarei teus olhos de porcelana
Teus longos cabelos de seda
Teu sorriso ofuscante
A tua boca redonda e vermelha.

Sentimentalizarei o teu radicalismo
Defenderei os teus defeitos
Guardarei tuas confissões
Perdoarei os teus erros

Amarei o teu ódio
Serei o teu guia
Radicalizarei a tua insanidade
Quero ser a tua mania.

Seremos dois em um só
Em um só corpo
Uma só vida
E para todo o sempre lhe direi.
Eu te amo, minha menina


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Descrevo e transcrevo a tristeza, meus simples versos giram em torno disso, se um dia meus poemas se calarem, não se assustem, mas sorriam comigo, pois será o dia que ela voltará para os meus braços e trará consigo a paz e a alegria. Eu não sei descrever à alegria, não sei que cor ela tem, ainda caminho sozinho e amo implicitamente alguém, mas nesse dia passarei de um escritor qualquer para um poema feito, cheio de defeitos, escrito por uma iniciante, amante dos meus desejos.