segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Olhos de outono


 ‘’Embriaga-me na alegria, pois é melhor do que viver lúcido na tristeza.
 Roube-me a solidão, tire os meus pés do chão, rasgue e arranque com suas próprias mãos o que está contra fiado em sua garganta. Venha com calma, com amor e deite-se na cama, não faça barulho, pois à paz não quer ter o seu tumulo.
Diálise minha inocência com a sua malícia, arranhe meu violão e materialize a sua vinda. Pois o entardecer já vem e o meu amor é o pôr-do-sol. ’’
            

            _ Não entendi!
            _ O meu amor é o pôr-do-sol... O que você não entendeu nisso?  (Silêncio)
            _ Como o pôr-do-sol pode ser o amor de alguém?!        
            _ Você nunca entende o que escrevo!                                                                                                                

(silêncio profundo)

_ Quem é a dona do seu amor?
            _ A menina dos olhos de outono. (risos)
            _ Como assim?
            _ É a menina dos olhos castanhos claros.
_ Onde ela está?
            _ Não sei, só sei que ela não está aonde deveria.
            _ E onde é o lugar dela?
            _ Bem do meu lado ( risos )
            _ É melhor cortar a sua bebida ( Gargalhadas) [...]

E pela primeira vez me senti ufano daquilo o que escrevo, sem medo arrisquei em algumas linhas descrever a alegria que a menina dos olhos castanhos claros me oferece.

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