‘’Embriaga-me na alegria, pois é melhor do que viver lúcido na tristeza.
Roube-me a solidão, tire os meus pés do chão, rasgue e arranque com suas próprias mãos o que está contra fiado em sua garganta. Venha com calma, com amor e deite-se na cama, não faça barulho, pois à paz não quer ter o seu tumulo.
Diálise minha inocência com a sua malícia, arranhe meu violão e materialize a sua vinda. Pois o entardecer já vem e o meu amor é o pôr-do-sol. ’’
_ Não entendi!
_ O meu amor é o pôr-do-sol... O que você não entendeu nisso? (Silêncio)
_ Como o pôr-do-sol pode ser o amor de alguém?!
_ Você nunca entende o que escrevo!
(silêncio profundo)
_ Quem é a dona do seu amor?
_ A menina dos olhos de outono. (risos)
_ Como assim?
_ É a menina dos olhos castanhos claros.
_ Onde ela está?
_ Não sei, só sei que ela não está aonde deveria.
_ E onde é o lugar dela?
_ Bem do meu lado ( risos )
_ É melhor cortar a sua bebida ( Gargalhadas) [...]
E pela primeira vez me senti ufano daquilo o que escrevo, sem medo arrisquei em algumas linhas descrever a alegria que a menina dos olhos castanhos claros me oferece.
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