segunda-feira, 29 de agosto de 2011


Talvez sejamos os últimos românticos que restam nesse mundo
Os últimos que mandam e recebem cartas e as guardas no fundo da gaveta
para que mais pra frente as letras borradas criam assas e um estranho cheiro de terra molhada.
Talvez sejamos os últimos à aceitar os clichês dos poemas de amor e ainda acreditar
nos finais felizes de filmes e livros que vemos e lemos, que desejamos mais nunca temos.
Ainda, talvez sejamos os últimos a acreditar nas palavras jogadas ao vento
nos abraços falsos e nos beijos fingidos que agora são só recordação.
Ainda acreditamos demasiado no ser humano e nas mesmices que as religiões andam dizendo,
acreditamos em tudo que podemos e que nada vemos e que nunca teremos.

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